Alagoas completa 20 dias sem registro de novos casos de meningite

Alagoas completou 20 dias sem registro de novos casos de meningite e de mortes causadas pela doença, segundo informou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) nesta segunda-feira (25), com base nos boletins epidemiológicos divulgados pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs).

 

O último caso da doença no estado foi confirmado no dia 5 e o paciente, um morador de Maceió, já está recuperado, de acordo com a Gerência Estadual de Vigilância das Doenças Transmissíveis.

 

Com isso, o estado permanece com 29 casos confirmados e 11 mortes pela doença, sendo 27 casos e 10 óbitos em Maceió. O crescimento de casos e mortes na capital levou o Ministério da Saúde a reconhecer o surto de meningite meningocócica.

 

Vacinação contra meningite

 

Com relação às medidas de proteção contra a doença meningocócica, o infectologista da Sesau, Renee Oliveira, recomenda a atualização da Caderneta de Vacinação com as cinco vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que estão disponíveis nos 102 municípios alagoanos.

 

O SUS disponibiliza as vacinas Meningocócica Conjugada C, Meningocócica Conjugada A, C, W e Y, Pentavalente, Pneumocócica Conjugada 10-Valente e a BCG, que protegem contra as principais formas da meningite, evitando o adoecimento e a disseminação, que podem levar a surtos, sequelas das pessoas acometidas, hospitalizações por longos períodos, além de óbitos.

 

“A população deve fazer a sua parte e procurar os postos de vacinação com seus filhos e seguir o calendário vacinal de forma correta, completando assim o esquema vacinal preconizado pelo Ministério da Saúde. Desse modo, estaremos garantindo a segurança de todos, porque quando você se vacina ou imuniza seu filho, está, automaticamente, se protegendo e prevenindo que outras pessoas adoeçam, uma vez que os imunizantes freiam a cadeia de transmissão dos vírus e bactérias”, destacou Renee Oliveira.

 

Sintomas e necessidade de procurar unidade de saúde rapidamente

 

O infectologista ressalta que, ao perceber sintomas como febre, dor de cabeça, rigidez na nuca, vômitos e náuseas, “os responsáveis ou a pessoa acometida pela doença deve procurar uma unidade de saúde mais próxima da residência o quanto antes”.

 

Caso seja necessário, o paciente será transferido para os hospitais especializados para receber os cuidados adequados.

 

“A meningite é uma doença grave, porém, é prevenível e tratável quando identificada em tempo hábil. Mas é imprescindível que a população se conscientize e se imunize”, afirmou o médico.

 

Plano de enfrentamento ao surto de meningite

 

Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, os dados são animadores, porque demonstram que surtiram efeito positivo as ações realizadas para enfrentamento do cenário de aumento de casos da doença meningocócica em Maceió.

 

“Os técnicos da Sesau vêm atuando em parceria com a equipe de Vigilância Epidemiológica de Maceió para conter a situação, o que felizmente está ocorrendo, conforme demonstram os dados epidemiológicos”, afirmou.

 

O secretário Gustavo Pontes de Miranda ressaltou que o Plano de Enfrentamento da Doença Meningocócica irá continuar em ação, focando no diagnóstico dos casos de forma precoce, no bloqueio feito com medicamentos nos contatos do paciente em tempo oportuno e, também, na garantia da assistência, por meio de leitos na Rede Hospitalar do Estado.

 

“Nossas equipes permanecem em vigilância diária e, mesmo sem o registro de casos há vários dias, nossa estratégia de atuação permanecerá ativa”, disse o secretário.

 

O secretário executivo de Vigilância em Saúde, médico Marcos Hollanda, enfatizou que todas as áreas da Vigilância Epidemiológica permanecem de prontidão para alertar as autoridades de saúde caso ocorra alteração do cenário epidemiológico e se o número de casos voltar a aumentar.

 

“O trabalho realizado pela vigilância em saúde é fundamental porque aponta quando há um crescimento de casos de uma doença, levando os gestores a atuarem para controlar e sanar o evento adverso. Por isso, os técnicos do Programa Estadual de Controle da Meningite, do Cievs e do Lacen estão trabalhando diuturnamente para subsidiar a tomada de decisão no enfrentamento à doença meningocócica”, disse.

 

 

 

Fonte: G1/AL

 

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