Após enviar fotos íntimas para menina de 10 anos, suspeito é solto pela Justiça

O homem de 26 anos que foi preso suspeito de enviar fotos íntimas e áudios tentando aliciar uma menina de 10 anos em Rio Largo, região metropolitana de Maceió, foi solto. Após passar por uma audiência de custódia, ele foi liberado com uma tornozeleira eletrônica e segue à disposição da Justiça.

 

De acordo com a polícia, a mãe da criança e ela denunciaram que o homem, que é vizinho delas. A mãe da vítima informou ainda que já havia registrado um Boletim de Ocorrência, mas que ele continuou com as tentativas de assédio.

 

Após terem acesso às mensagens de áudio, fotos íntimas e registro das ligações, uma equipe da Polícia Militar foi até a casa do suspeito que estava embriagado e com lesões na testa. Ele resistiu à prisão e precisou ser algemado. O suspeito e a vítima, acompanhada do Conselho Tutelar de Rio Largo, foram encaminhados para a Central de Flagrantes na última segunda-feira (1).

 

A TV Gazeta de Alagoas teve acesso às mensagens de áudio que o suspeito enviou. O homem insistia em que a criança fosse ao local “vai ‘vir’ para cá ou não? Diga logo se ‘vim’, dá um toque para mim. Venha ‘pra’ cá. Venha ‘pra’ cá”.

 

O vizinho da menina afirmou ainda não ligar para a idade da vítima. “É o quê? É muito nova, é? Oxe, mas tem nada não” , disse o homem.

 

O delegado Sidney Tenório explicou que o cometeu os crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável.

 

“Nesse caso específico nós temos, primeiro, a importunação sexual, já que ele importunou a criança sexualmente através da sua rede social. E também o crime de estupro de vulnerável, que se configura no momento em que ele faz com que a criança pratique [ou induza ela a praticar] atos libidinosos. Nesse caso foi ele encaminhar fotos despidos para a criança e pedir que ela faça o mesmo”, afirma Tenório.

 

O Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente – R1, de Rio Largo, também está acompanhando o caso. O conselheiro Jerlon Pereira informou que a mãe falou sobre os assédios. “Quando a criança passava ele começava a soltar conversas, algumas ‘piadas’ relacionadas com a criança. Inclusive, até chamar a criança para entrar na casa. Nós fizemos um encaminhamento da mãe e da criança para um atendimento especializado em Maceió”.

 

A conselheira tutelar Jaider Gomes explica que a criança tem que saber conhecer o próprio corpo e estar sempre informada, pois, atualmente, as negligências contra crianças e adolescentes estão partindo de pessoas que devem protegê-las.

 

Por fim, o delegado Sidney Tenório fala sobre a importância dos pais e responsáveis acompanhar os conteúdos que os filhos estão acessando nos aparelhos celulares ou redes sociais. “Se tiver de dar um aparelho celular, que hoje em dia abre as portas para o mundo, que o dê com supervisão. Especialmente no caso do uso de redes sociais. Não é o primeiro caso, infelizmente, de casos onde crianças terminaram sendo aliciadas”.

 

 

Fonte: G1/AL

 

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