Parceria entre o Governo de Alagoas e os municípios foi fundamental para escolas alcançarem nota 10 no IDEB
Todas as 21 escolas que tiveram nota 10 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) são da região Nordeste. Cinco dessas unidades educacionais estão em Alagoas, o segundo estado do Brasil que teve o melhor desempenho dos anos iniciais, com 1,2 pontos a mais que a meta estabelecida. As escolas alagoanas nota 10 são: Escola de Educação Básica Vereador José Wilson Melo Nascimento e Escola Municipal de Educação Básica Professora Maria Rocha Santos Silva, ambas em Coruripe; Escola Municipal de Ensino Fundamental Integral Professora Márcia Neusilene da Trindade Batista e Escola Municipal de Educação Básica José Pereira de Andrade, em Teotônio Vilela; e Escola Municipal Dr. José de Medeiros Sarmento, em União dos Palmares.
Para que Alagoas obtivesse esse sucesso, o Governo do Estado investiu na Educação como um todo, não se limitando apenas à rede pública estadual. Apesar da responsabilidade pela Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) pertencerem aos Municípios, conforme estabelece a Lei de Diretrizes Básicas da Educação, o Estado firmou uma parceria importantíssima com os 102 municípios alagoanos que mudou os rumos da educação alagoana com relação ao IDEB. Por meio do Regime de Colaboração, são promovidas formações de professores, oferta de material didático e pagamento de bolsas para articuladores do Programa Escola 10 – docentes que trabalham como formadores em seus municípios e escolas. Essas ofertas são fundamentais para que haja professores capacitados, prontos para fazer a diferença na vida dos estudantes.
“O Regime de Colaboração é mais uma demonstração do compromisso do governador Paulo Dantas com o futuro dos alagoanos. Todos nós sabemos que um futuro promissor para todos só é possível por meio da educação, e é por isso que apoiamos as secretarias municipais, garantindo formação e material didático, para que os municípios tenham a condição de ofertar uma educação de qualidade. Também por isso é que vimos cinco escolas de Alagoas entre as 21 escolas do país com nota máxima no último IDEB”, avalia a secretária de Estado da Educação, Roseane Vasconcelos.
O Regime de Colaboração na prática
“A união faz a força”. É o que diz o secretário de educação de União dos Palmares, Petrúcio Wanderley. O município teve uma de suas escolas, a Dr. José de Medeiros Sarmento, entre as instituições nota 10 no IDEB. Segundo ele, o segredo para atingir resultados positivos é manter uma boa relação com as parcerias, e pensar na educação como uma missão coletiva. “A parceria com o Estado foi essencial para que nosso município alcançasse essa evolução tão importante. Materiais como a Coleção “Veredas e Entrelaços” auxiliaram bastante a nossa equipe pedagógica. A educação é uma missão que exige união de esforços, de planejamento e de investimentos, e o Regime de Colaboração cumpriu esse papel de forma excelente. Queremos agradecer ao Governo de Alagoas e a todos os profissionais que estiveram nessa luta conosco”, destaca
Por meio do Programa Escola 10, profissionais são contratados para atuar como bolsistas nas secretarias municipais de Educação e nas escolas da rede pública do Município, o que fortalece o regime colaborativo e apoia a equipe pedagógica. Em 2023, foram distribuídas 1.300 vagas entre os 102 municípios alagoanos, com bolsas de valor mensal de R$ 1.500 adicional à remuneração do cargo efetivo ou contrato do Município.
Aparecida Ambrosio é uma das professoras contratadas, que atua como articuladora do Criança Alfabetizada/Renalfa na equipe pedagógica do município de União dos Palmares. Ela detalha como funciona seu trabalho junto ao município, enfatizando a importância das trilhas formativas. “Todo mês participamos de trilhas formativas junto a 7ª Gerência Especial de Educação, e trazemos as ideias dessas trilhas para a nossa equipe pedagógica, que repassa para os professores das escolas. No entanto, não só os professores são formados, toda a equipe participa. Tudo é feito com muito cuidado, consenso e colaboração entre os profissionais. Estamos sempre conversando e planejando tudo em conjunto”, conta.
Joelma Monteiro é também do Programa Escola 10, mas atua como articuladora especificamente da Escola Municipal Dr. José de Medeiros Sarmento, fazendo as visitas necessárias e acompanhando os estudantes mais de perto. “Um ponto interessante que adotamos para combater a evasão escolar foi adotar a busca ativa. Então, diariamente monitoramos, junto aos professores da unidade, quais alunos estão ausentes e pouco engajados, para conversar com os pais e buscar entender a situação. Isso era feito, tanto por ligação quanto presencialmente, indo nas casas mais próximas dos alunos. Focados no IDEB, também organizamos gincanas e prêmios para os alunos que se destacavam nos simulados e atividades”, explica a articuladora.
Escola e família trabalham juntos!
Pelo bem do processo de aprendizagem dos estudantes, é fundamental que a escola e a família andem lado a lado. Resultados satisfatórios são possíveis à medida que são feitos de forma coletiva, incluindo, também, a família no plano pedagógico e estratégico.
“Educação se faz com um bom diálogo entre a família e a escola. Alcançar esse resultado é um trabalho coletivo. O foco não é a nota, mas sim, a aprendizagem dos alunos. Então é importante que a família se faça presente nos plantões pedagógicos, nas reuniões e apoie as estratégias adotadas pela escola. A escola deve fazer parte do planejamento escolar. Por aqui, por exemplo, adotamos o reforço no contraturno e tivemos total apoio da comunidade em deixar os estudantes alguns dias da semana o dia todo na escola”, revela o diretor da Escola Municipal Dr. José de Medeiros Sarmento, Ediberto Lopes.
Professora do 5º ano, Elizabete Dias é responsável pelo aperfeiçoamento das habilidades dos estudantes no ano da avaliação do IDEB. Ela detalha as estratégias utilizadas na sala de aula, reforçando a importância dos simulados. “Além de focar nos gêneros textuais de língua portuguesa e no estudo da tabuada para os estudantes conseguirem desenvolver bem as quatro operações, elaboramos também gincanas educativas, que davam um incentivo a mais aos estudantes. Tudo foi feito de maneira bem lúdica e interativa. Tivemos, ainda, simulados semanais para que os alunos não fossem pegos de surpresa ao se deparar com a prova”, ressalta
Por último, Elizabete destaca o incentivo da família para que os estudantes se mostrem engajados nas atividades. “Nossos estudantes já iam para a escola com um gás a mais, porque eram cobrados e incentivados em casa. Por isso, é essencial apresentar o plano pedagógico aos responsáveis, porque a escola sozinha não é capaz de fazer tudo”, pontua.
por Cecília Calado / Ascom Seduc